John Saxe-Fernandez fala sobre Império e Nação

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

John Saxe-Fernandez fala sobre Império e Nação

John Saxe-Fernandez

Professor titular e pesquisador na Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da UNAM - Universidad Nacional Autónoma de México. Realizou estudos sobre ciências políticas nos Estados Unidos, onde foi professor. É autor de numerosos livros e artigos, como Petróleo y Estrategia, El futuro de América Latina y La compra y venta en México, El mundo actual (1999, con Pablo González Casanova), Globalización, imperialismo y clase (2001, con James Petras), Globalización del terror y amenaza bioterrorista (2001, con Gian Carlo Delgado), coautor e organizador de Globalización: crítica a un paradigma (Plaza & Janés/UNAM 1999).

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As Jornadas Bolivarianas 2016

As Jornadas Bolivarianas são encontros anuais dedicados a análises da vida política, econômica e cultural dos países latino-americanos, que permitem a formulação e disseminação de análises teóricas críticas, voltadas para a superação dos elementos estruturais que perpetuam a dependência e o subdesenvolvimento no nosso continente.

Para além das tentativas recentes de integração, podemos observar que subsiste certa resistência ao estudo e à reflexão sistemática sobre os países da região e seus principais problemas.

Tal situação obedece, obviamente, à lógica do eurocentrismo que domina as ciências sociais em todo o terceiro mundo, e é particularmente forte no Brasil.

Assim, as Jornadas têm a função de divulgar o pensamento próprio que as ciências sociais já conquistaram em períodos anteriores, e que em grande medida foi desconsiderado entre nós tal a influência do eurocentrismo e do colonialismo.

Além disso, procuram refletir, com destacados cientistas sociais da América Latina, a tradição científica e os novos desafios políticos e intelectuais que a realidade dramática de nosso continente está exigindo.

Esta ruptura é, portanto, a condição necessária para o desenvolvimento de um pensamento próprio, sem o qual não será possível superar a condição de periferia que marca a nossa formação social.

Essa é uma tarefa urgente, favorecida pelas condições sociais e políticas dominantes na América Latina que exigem uma reflexão crítica capaz de dar respostas aos grandes problemas com os quais nos defrontamos em todos os países da região.

Na décima segunda edição das Jornadas, em 2016, debatemos “os rumos da crise na América Latina”, para compreender quais são os caminhos que se configuram para os governos e os povos da América Latina e Caribe.