segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Eddie Cottle - África do Sul


Eddie Cottle - Escritor e jornalista na Cidade do Cabo, África do Sul

Eddie Cottle é coordenador político do Building and Wood Workers’ International (BWI). No momento em que escreveu um livro sobre a Copa do Mundo, ele foi contratado pelo Serviço de Pesquisa do Trabalho (LRS), na Cidade do Cabo. Lá, coordenou "Campanha pelo Trabalho Decente para e além de 2010", na BWI.

É ex-diretor da Rede de Serviços de Desenvolvimento Rural e foi um pesquisador Jubileu África do Sul e Sul-Africano Comercial, Hotelaria e Sindicato dos Trabalhadores dos Aliados "(SACCAWU). Co-autor de um capítulo do livro "Recuperação de Custos e Prestação de Serviços na África do Sul" (2002).

Ele também tem diversos artigos publicados em jornais diários e em revistas, e tem escrito e editado vários folhetos populares. É membro fundador do "Movimento Social Indaba", um movimento Sul-Africano. Eddie é formado em geografia e ciência ambiental pela Universidade de Western Cape (UWC) e também graduou-se em educação.

Fernando Mascarenhas - UNB/Brasil


Fernando Mascarenhas
Doutor em Educação Física
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UnB

Iniciou seus estudos em Educação Física em 1989, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), tendo se licenciado em 1992, pelo Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA), em sua cidade natal. Possui Especialização em Filosofia Moderna e Contemporânea, realizada junto à Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), concluída em 1995. Mestrado e Doutorado em Educação Física, ambos realizados na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), concluídos em 1999 e 2005. 

Em sua trajetória profissional, foi professor do ensino básico no sistema público do Estado de Minas Gerais (SEE-MG), entre 1993 e 1996, e professor do ensino superior, tendo trabalhado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1996, e na Universidade Federal de Goiás (UFG), entre 1997 e 2008. Desde 2009, é professor da Universidade de Brasília (UnB). Foi presidente, entre 2005 e 2009, do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE), associação científica representativa da área da Educação Física. Neste mesmo período, foi membro do Conselho Nacional de Esporte, órgão assessor do Ministério do Esporte. Foi também, entre 2010 e 2012, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UnB. 

No âmbito da produção científica, publicou em autoria e co-autoria vários trabalhos, dentre livros, capítulos de livro e artigos. Como professor, atuando no âmbito da graduação e da pós-graduação, desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão vinculadas às linhas: Políticas de Esporte e Lazer; Educação Física, Formação e Trabalho. Coordena o Avante - Grupo de Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte Lazer da UnB, integrando ainda o GEPELC - Grupo de Estudo e Pesquisa em Esporte, Lazer e Comunicação da UFG e o Observatório de Políticas de Educação Física, Esporte e Lazer da Unicamp.

Antonio Becali Garrido - Cuba

Na foto com aluna do Curso de Educação Física da UFSC

Antonio Becali Garrido
Reitor de la Universidad de Ciencias de la Cultura Física y el Deporte
Cuba

Graduado em Cultura Física, Mestre em Judô de Alto Rendimento, Doutor em Ciências, Professor Titular da  Universidade de Ciências da Cultura Física e Esportes - Cuba. Treinador de Judô, Faixa Preta 6to Dan e treinador da Seleção Nacional de Judô Feminino de Cuba, desde 1995 até 2005. Foi selecionado como treinador mais destacado em Cuba no ano de 1997. Obteve a ordem "do mérito esportivo" outorgada pelo Conselho de Estado de Cuba em novembro de 2001.

Jaime Breilh - Equador


Jaime Breilh
Universidad Andina Simón Bolívar
Equador

Médico. Um  dos fundadores do movimento latino-americano da nova saúde pública, e impulsionador da Medicina Social. Mestre em Medicina Social pela Universidade Autônoma Metropolitana do México; Pós-Graduado em Epidemiologia pela Escola de Higiene da Universidade de Londres; Doutor em Epidemiologia pela Universidade Federal da Bahia, Brasil. Fundador e investigador principal do Centro de Estudos e Assessoria em Saúde (CEAS/Equador). Presidente do Centro de Investigações para o Desenvolvimento (CINDES). 

Cofundador da Associação Latino-americana de Medicina Social. Diretor da Área de Saúde da Universidade Andina “Simón Bolívar”. Diretor Acadêmico do Mestrado Internacional em Saúde com Enfoque de Ecossistemas da Universidade de Columbia Britânica e das Universidades de Cuenca, Técnica de Machala e Nacional de Bolívar. Doutor Honoris Causa da Universidade Nacional de Cajamarca; Profesor Honorário da Faculdade de Medicina da Universidade de San Marcos de Lima.

Juca Kfouri - jornalista brasileiro


Juca Kfouri
Jornalista da ESPN, escritor e comentarista esportivo
São Paulo/Brasil

58 anos, 38 de profissão, formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005, além de ter sido contratado recentemente pela ESPN-Brasil para participar do programa Linha de Passe.

Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999. Colunista de futebol de "O Globo" entre 1989 e 1991 e apresentador, desde 2000, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio.

Mauricio Mejía - Jornalista Mexicano


Mauricio Mejía
México

Nasceu na cidade do México em 22 de março de 1972. Formado pela faculdade de Ciências Políticas da Universidade Nacional Autônoma de México. É diretor editorial de Ludensoffside.com.

Até setembro do ano passado foi diretor editorial do programa Ludens que se manteve cinco anos no ar, no Canal 22, um canal cultural do México. É colaborador da revista Letras Libres. Em 2007 ganhou o Prêmio Alemâo de jornalismo, outorgado pela Embaixada da Alemanha no México, pela sua cobertura do Mundial de 2006. É autor do livro Boxeo Mx, historia de 20 ídolos mexicanos, de Blue Demon Memoria de una Máscara e de Historia de los Mundiales. Foi professor de pesquisa na Universidade Iberoamericana e da Escola de Jornalismo Carlos Septién García. 

Foi editor de esportes da revista Proceso e do Diario Monitor. Colabora nos diários Reforma, El Universal, La Jornada, El Financiero e Milenio. Também atua em estações de rádio como a W, Radio Centro, Acir, Radio Fórmula e ABC Radio. Colabora em revistas como Expansión, Indigo Media e Lateral, de Barcelona, Espanha. Dirigiu as revistas Sportiva e Viva Basquet. Também atua no campo do vídeo sendo um dos autores de um trabalho sobre migração que forma uma Antologia da Migração no México.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Programação da Nona Edição - Jornadas Bolivarianas


Já está tudo pronto para a nona edição das Jornadas Bolivarianas, que acontece de 9 a 12 de abril de 2013, na Universidade Federal de Santa Catarina. Ainda estão abertas as inscrições para apresentação de trabalhos. Conheça a programação do evento.



IX Jornadas Bolivarianas
Megaeventos Esportivos - seus impactos, consequências e legados para o continente latino-americano

9 de abril de 2012
- Noite – Aud. da Reitoria – UFSC
18:30 – Abertura oficial das VII Jornadas Bolivarianas
19:00 – Conferência de abertura: Os Megaeventos Esportivos: Impactos, Consequências e Legados para o Continente Latino-Americano
Conferencista: Jaime Breilh/ Equador - Doutor e Diretor da Área de Saúde da Universidade Andina Simón Bolivar. Coordenador do Global Heach para a América


10 de abril de 2011
- Manhã – Aud. da Reitoria
9:00 – Conferência:  O Estado, os Movimentos Sociais, as Políticas Públicas de Esporte e Lazer e os Direitos Sociais frente aos Megaeventos Esportivos
Antonio Becali Garrido, Reitor da Universidade de Ciências de la Cultura Física e Esporte - Cuba
Fernando Mascarenhas UNB, Brasília, Brasil

- Tarde – UFSC e Hall da Reitoria
14:30 – 18:00 – Apresentação de Trabalhos

- Noite - Aud. da Reitoria
18:30 - Conferência: A Mídia, o Jornalismo Esportivo e a Cobertura dos Megaeventos Esportivos
Juca Kfouri - São Paulo
Maurício Mejía - México

11 de abril de 2012
- Manhã – Aud. da Reitoria
9:00 – Conferência: Acumulação do capital e megaeventos esportivos
Nilso Ouriques - Unoesc/ Brasil
Marcelo Proni – Unicamp/Brasil

- Tarde – UFSC e Hall da Reitoria
14:30 – 18:00 – Apresentação de Trabalhos

 - Noite
19:00 – Conferência: Tema: Cidades, Cidadania, Participação Popular e os legados dos megaeventos esportivos
Eddie Cottle - África do Sul - Autor do livro South África`s Wold Cup: A Legacy For Whom? (Copa do Mundo da África do Sul: um legado para quem?)
Raumar Rodrigues Gimenez – Universidade Republica do Uruguai


12 de abril de 2012
- Manhã
9:00 - Mesa redonda: O impacto dos megaeventos e a alternativa nacional-popular 
Todos os palestrantes






sábado, 9 de fevereiro de 2013

Copa do Mundo: os custos



Em Porto Alegre a prefeitura iniciou um serviço de corte de árvores, bem no centro histórico, próximo ao gasômetro, lugar justamente conhecido por sua arborização, para a construção de obras da Copa do Mundo.  Tão logo as árvores começaram a cair, a população de mobilizou. Foram mais de 100 árvores arrancadas, sem que a população tivesse conhecimento. A destruição gerou protesto e logo centenas de pessoas estavam no local, obrigando as máquinas a pararem. Segundo o prefeito da capital gaúcha, José Fortunatti (PDT), o corte das árvores é necessário para que aconteça a duplicação da rua Edvaldo Pereira Paiva. Diante do protesto ele argumentou que: "as pessoas não utilizam mais essas árvores". 

E assim seguem as obras da Copa do Mundo!!! Os manifestantes levaram os galhos derrubados para frente da prefeitura. As obras estão paradas, mas muito da destruição já foi consumada.

O debate sobre os custos dos megaeventos para a vida das cidades será tema nas Jornadas Bolivarianas de abril. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Copa consome dinheiro público


Análise do jornalista Juca Kfouri, um dos convidados das Jornadas Bolivarianas

Aquilo que os pessimistas previram está mais uma vez demonstrado pela reportagem de Bárbara Macri e Bernardo Itri: a Copa do Mundo no Brasil, que foi anunciada como a da iniciativa privada pelo governo e pelo comitê que a organiza, é pornograficamente pública.

Orlando Silva disse o que disse e Ricardo Teixeira escreveu o que escreveu --e escreveu na página 2 desta Folha: "Tenho dito e repetido inúmeras vezes que defendo um modelo para a Copa do Mundo no Brasil com viés predominantemente privado".

Tudo bem que ambos tiveram que se demitir dos respectivos postos e nem foi por mentir, mas por acusações, e provas, ainda mais comprometedoras. Um virou suplente de vereador em São Paulo e o outro vive na Flórida.

O que a reportagem revela cabalmente, com 97% dos investimentos nos estádios via dinheiro público, além de 85,5% do total empregado para a realização do megaevento, seria um escândalo em qualquer país sério.
O dinheiro de todos financiará o lucro de poucos, como aconteceu na África do Sul, que ficou com uma dívida de US$ 4 bilhões, os mesmos US$ 4 bilhões que a Fifa anunciou de lucro. Mas lembremos: a Fifa não pede a ninguém que sedie seu evento.

Sim, o Brasil terá novos estádios, como na ditadura, ao menos quatro deles fadados a virar elefantes brancos, em Cuiabá, Brasília, Natal e Manaus, sem se dizer que praças de esportes nunca foram polos de progresso.

O pior é que já se anuncia a desistência de boa parte dos legados em infraestrutura e mobilidade urbana.
Mas não há de ser nada: sempre haverá quem transforme espírito crítico e cidadão em pessimismo ou em desprezível campanha publicitária.

Artigo publicado na Folha de São Paulo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Chamada para trabalhos


Jornadas Bolivarianas/ IX Edição – Abril de 2013

PRIMEIRA CHAMADA PÚBLICA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

Já está aberta a chamada pública para apresentação de trabalhos nas Jornadas Bolivarianas do ano de 2013, que acontecem de 09 a 12 de abril, na Universidade Federal de Santa Catarina. As Jornadas são o evento anual do Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC, e na sua sétima edição terá como tema: MEGAEVENTOS ESPORTIVOS - SEUS IMPACTOS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS PARA  O CONTINENTE LATINO-AMERICANO. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição disponível abaixo e encaminhar via o correio eletrônico do Instituto (iela@iela.ufsc.br) .

Prazo para entrega dos trabalhos: 02 de março de 2013
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS:
I - A apresentação de trabalhos acadêmicos nas Jornadas Bolivarianas – 9ª Edição tem como finalidade valorizar a produção e a disseminação do conhecimento no campo da América Latina, bem como oportunizar o intercâmbio de análises e pesquisas sobre o tema;
II - Os trabalhos inscritos deverão abordar assunto relativo aos estudos sobre a América Latina, que problematize aspectos referentes à temática geral das Jornadas.
III – Os trabalhos deverão ser encaminhados ao correio eletrônico do Iela (iela@iela.ufsc.br), junto com ficha de inscrição, disponibilizada ao final destas observações.
IV - Os trabalhos poderão ter mais de um autor, conforme item 8 abaixo.
V - Os trabalhos serão de responsabilidade exclusiva de seus autores, independentemente da instituição a que estejam vinculados.
ANÁLISE PRÉVIA E SELEÇÃO
VI - Os trabalhos serão selecionados segundo os seguintes critérios:
a) Consistente fundamentação teórico-metodológica;
b) Criticidade;
c) Originalidade;
d) Relevância científica para o aperfeiçoamento dos estudos em América Latina;
VII - Os trabalhos serão avaliados por pareceristas, integrantes do conselho de pesquisadores do IELA/UFSC e convidados.
VIII - A relação dos trabalhos selecionados para apresentação oral será divulgada nas páginas do IELA/UFSC, no dia 20 de março de 2013, com o envio de carta de confirmação para o endereço eletrônico ou convencional dos autores;
IX - Todos os trabalhos enviados serão publicados nos Anais das Jornadas Bolivarianas/Nona Edição, que serão disponibilizados apenas eletronicamente.
X - As apresentações orais selecionadas acontecem num dos períodos da tarde durante as Jornadas. Observar a programação.
XI – Cada autor de trabalho selecionado para apresentação oral terá 20 minutos para expor sua pesquisa.
Observação: Não serão cobradas inscrições para as Jornadas Bolivarianas. As demais despesas serão de responsabilidade dos participantes.
CRITÉRIOS PARA APRESENTAÇÃO
XII - Os trabalhos inscritos deverão obedecer aos seguintes critérios de apresentação:
01 . O trabalho deverá ser enviado em Documento Word (ou similar) letra (tipo/fonte) TIMES NEW ROMAN 12, texto justificado, entrelinhas 1,5, em folha configurada para tamanho A4 com as seguintes margens: 3 cm na partes superior, inferior, acima e abaixo. As páginas deverão ser numeradas no canto inferior direito, incluindo a primeira página.
02 . O resumo, em português, deverá vir logo abaixo do título, subtítulo, nome do autor, palavras-chave, e deverá ter no máximo 200 palavras, letra (tipo/fonte) TIMES NEW ROMAN 12, texto justificado.
03 . O trabalho não deverá superar 15 páginas incluindo o resumo, palavras-chave, as notas de rodapé e bibliografia final.
04 . As notas de rodapé deverão ser apresentadas numeradas.
05 . O título e subtítulo deverão ser em negrito, no mesmo tipo de letra.
06 . O nome do(s) autor(es) deverá (ão) estar alinhado à margem direita.
07 . A Bibliografia se incluirá ao final do trabalho, ordenada alfabeticamente pelo sobrenome do autor.
08 . O limite de apresentação de trabalho por pessoa será de uma como autor e uma como coautor.
09 . Não se aceitarão trabalhos que não se ajustem a estes critérios de apresentação.
10 . O trabalho deverá ser enviado por via eletrônica ou entregue gravado em CD, em envelope fechado, no qual apareçam o(s) nome(s) do(s) autor(es) , pessoalmente ou por correio postal ao seguinte endereço:

Jornadas Bolivarianas – 9ª. Edição – 2013
Apresentação de Trabalhos
IELA/Instituto de Estudos Latino Americanos
Universidade Federal de Santa Catarina
CSE . Bloco D . Primeiro andar
Campus Trindade
Florianópolis SC Brasil
88010-970

Mais Informações:
IELA/Instituto de Estudos Latino Americanos
Universidade Federal de Santa Catarina
www.iela.ufsc.br
iela@iela.ufsc.br
Fone: + 55 (48) 3721-4938

Ficha de Inscrição para Apresentação de Trabalho
JORNADAS BOLIVARIANAS - 9ª EDIÇÃO
MEGAEVENTOS ESPORTIVOS - SEUS IMPACTOS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS PARA  O CONTINENTE LATINO-AMERICANO
FICHA DE INSCRIÇÃO/ APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS
Nome do autor (a):
Nome do trabalho:
Instituição ou Entidade:
Endereço:
Telefone:
Correio eletrônico:

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Megaeventos esportivos - o que trazem de bom?

 
Por Paulo Capela e Elaine Tavares
 
Os esportes transformaram-se num dos maiores eventos de massa da modernidade. Estima-se que as Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol sejam assistidas por aproximadamente 4 bilhões de pessoas, ou seja, mais da metade da população planetária; portanto, os megaeventos esportivos Copa do Mundo de Futebol 2014 e as Olimpíadas de 2016, a se realizarem no Brasil, trarão para o país e para todo o continente latino-americano, antes, durante e após sua realização, muitos desafios e implicações culturais. Nesse sentido, o Iela incorpora esse tema na sua discussão anual, dentro do seu principal evento que são as Jornadas Bolivarianas. Serão trazidos pesquisadores e estudiosos do tema de países que já foram sede de eventos semelhantes para que se possa discutir criticamente como vai se dar o processo de preparação desses eventos e qual o legado que eles deixam aos povos.
 
Os esportes, sob a forma de espetáculos midiáticos, são muito mais do jogos, são o principal fato social de massa que nossa civilização já produziu. Estimam-se gastos na ordem de 200 bilhões de reais para a realização da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Brasil, produzindo impactos muito significativos sobre as atividades econômicas, sociais, culturais e educacionais não só no país como em toda a América Latina. Estima-se também que 60% desse valor serão suportados pelo Estado Brasileiro nas esferas municipal, estadual e federal. Os megaeventos, forma atual de organização da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas, são formulações econômicas produzidas para o enfrentamento da crise pela qual passam os estados nacionais capitalistas e que começam também a ser adotados como forma política de estado em países empobrecidos e emergentes.
 
Diante da incapacidade do estado capitalista de atender de forma equânime a todas as populações nacionais constituintes de suas cidades, este mesmo estado promove entre elas, em razão da escassez de recursos públicos, acirradas competições. Essa lógica aparentemente produz algumas ilhas de modernidade, mas de forma geral empobrece os países-sede desses eventos, promovendo o subdesenvolvimento, ou seja, mais pobreza sistêmica. Assim sendo, os megaeventos esportivos Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016 chegam ao Brasil como parte de acordos internacionais da diplomacia do governo brasileiro, cujas implicações e impactos para o país e para o continente precisam ser entendidos e melhor estudados e analisados sob uma ótica científica interdisciplinar, pois é um fato social que agrega muitos campos de intervenção profissional e de investigação científica (arquitetura e arquitetura urbana, planejamento urbano, políticas públicas de educação, cultura, esporte, saúde, lazer, turismo, economia, integração continental e dos povos, educação esportiva, jornalismo esportivo, mídia, entre outros). Apesar dos grandes impactos sociais provocados pelos megaeventos, este assunto tem sido ainda pouco debatido e estudado no ambiente científico universitário latino-americano, principalmente sob o ponto de vista do pensamento sociológico crítico.
 
É preciso entender melhor os processos que com isso serão gerados, ou seja, a criação de regimes jurídicos de exceção no país; a exacerbada concorrência entre cidades para sediar suas etapas; o grau superlativo de experimentação a que serão submetidos os atletas olímpicos, colocando em risco sua saúde; como será realizada a remoção de populações empobrecidas das cidades onde ocorrerão os megaeventos; qual a relevância social das obras de infraestrutura urbana que estão sendo realizadas; quais as concepções conceituais adotadas para a construção dos equipamentos de esportes; enfim, é preciso melhor elucidar o legado dos megaeventos esportivos sobre a vida econômica, cultural, política, educacional e esportiva no Brasil e no continente latino-americano. Os dilemas que vimos enunciando fizeram com que os membros e pesquisadores do IELA propusessem como tema da IX Jornada Bolivariana Megaeventos Esportivos - seus impactos, consequências e legados para o continente latino-americano.
 
Um evento dessa natureza é importante porque fortalece o trabalho desenvolvido pelo Iela que é de pensar a realidade latino-americana no bojo de sua problemática emergente. Os megaeventos estão mexendo com a vida do país desde há alguns anos e deverão deixar impactos econômicos, políticos e culturais muito fortes. Debater sobre eles e construir uma proposta de cunho popular é tarefa do pensamento crítico, elemento básico do trabalho do Instituto. Os impactos de tal evento poderão ser acompanhados na constituição de uma reflexão crítica sobre o tema e na construção de uma proposta nacional-popular para a apropriação dos espaços por parte da população brasileira. Como resultado haveremos de ter muitos estudos sendo feitos dentro dessa perspectiva, além da publicação de livro com o teor das conferências.
 
Então, na espera de realizarmos bons debates, abrimos a chamada de artigos para o evento. Participem!
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Jornadas Bolivarianas - 9 edição

Já estamos organizando a nona edição das Jornadas Bolivarianas, em 2013. Para o ano, o debate centrará nos megaeventos esportivos e sua importância para a América Latina. Muita gente boa virá para discutir, sob um viés crítico, o uso do esporte como mercadoria. Fique ligado!

Digna Castañeda: O Caribe

A professora Digna Castañeda, titular da Cátedra Caribe, da Universidade de Havana, fala sobre esse ainda desconhecido espaço geográfico.